CORES INTENSAS

Certa noite na semana da parashá Bô, no mês de Tevet 5774, meditava como sempre faço, expandindo minha consciência com os exercícios mentais milenares da Torá. E foi quando subitamente adentrei em algo – era outro “ambiente”. Quando me dei conta desta translação dimensional, imediatamente comecei a sentir uma grande ansiedade primitiva, gerada pelo instinto biológico que aguça os sentidos quando nos encontramos em um habitat desconhecido. Meu coração acelerou. E com os olhos da mente, lá eu via um ambiente todo escuro, mas não como a escuridão da noite, mas sim como se de algum modo faltasse o sol durante o dia. Nesta grande região, reluziam com intensas cores variadas as diferentes coisas e objetos presentes. As cores eram muito fortes, quase que saturadas. E a única luz que existia lá eram as luzes dessas coisas e objetos, pois todo o resto era a mais pura escuridão. Não haviam estrelas reluzentes, ou astros visíveis, nada. Apenas a escuridão intensa e as coisas e objetos com suas cores fortes e brilhantes que iluminavam os caminhos do lugar. Pensei estar em outra dimensão, sendo permitido de ver outro local físico no universo. Eu até me preparei para um possível encontro com algum ser. No entanto, neste momento perdi o foco e voltei ao estado que me encontrava antes da meditação. Mas, poucos segundos depois, retornei a este lugar e a mesma ansiedade me assolou. Não vi nada diferente nesta segunda experiência, mas apenas confirmei as visões da primeira: escuridão plena e objetos de tamanhos variados com cores intensas que eram a única fonte de luz no lugar. E eu via tudo como se estivesse pouco acima do chão, ou no topo de um monte. Ambas as experiências duraram pouco, talvez um minuto, mas que pareceu uma eternidade… E foi quando comecei a meditar novamente e logo em seguida ouvi o que ouvi: “O que você viu foi verdadeiramente a escuridão singular da Makat Choshech [‘a praga da escuridão’]. As luzes coloridas eram as fagulhas divinas excelentemente reveladas dos objetos e tesouros que os judeus pegaram durante os três dias desta praga. E por isso está escrito que ולכל בני ישראל היה אור במושבתם Ulechol-bnei Israel haya ór bemoshvotam, ‘Todos os filhos de Israel tinham luz nas suas moradias’ [Shemot 10:23]”. E assim terminei a meditação. Depois desta mais uma experiência incrível, investiguei que a guemátria atbash deste passúk/verso citado é 2370, ou seja, 10 vezes 237, sendo esta a guemátria de Zichri (“Minha lembrança”, soletrado: zayin-chaf-rêish-yud = 7 + 20 + 200 + 10 = 237) – o termo usado por Hashem ao Se revelar a Moshe (Shemot 3:15) e Se referir ao Shem Havaya (YKVK) dizendo “Este é Meu Nome para sempre” e “A Minha lembrança [zichri] eterna”. Entendi que a relação aqui é que tudo que Hashem faz é eterno e pode ser lembrado, ou seja, “acessado” e vivenciado. A Torá ela toda são infinitos portais do espaço-tempo. Quando a pessoa estuda, medita e entende a Torá como algo vivo e dinâmico, as luzes brilham em sua “moradia”: sua mente e vida.

tzedakah

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