Nesta continuação da série sobre Cabalá e Psicologia, o Rabino Avraham Chachamovits adentra o tema da ansiedade. Em um seqüência inspirada e intensa, a aula elucida como o caminho para o crescimento espiritual depende do equilíbrio, e como de fato a ansiedade é um termômetro emocional que indica algum grau de desequilíbrio. Em geral, terapias laicas buscam primeiramente suprimir a ansiedade. No entanto, explica o Rabino Avraham, minimizando o estado de ansiedade não trata a ansiedade. Ao contrário, a reação é refratária uma vez que a pessoa se “preenche dela mesma” na percepção da gravidade do problema. É preciso trabalhar para “deflacionar” o ego que se enche da ligação da pessoa com o problema. A aula prossegue iluminando outros aspectos da ansiedade como resultado de um processo obsessivo que acaba por formar “cadeias de ansiedade”, caracterizadas pelos desejos da pessoa. Enfim, quanto maior o ego da pessoa, maior a sua sensação de “merecimento”, e a contrariedade da realidade em suprir às necessidades idealizadas só aumentam a ansiedade. Portanto, existe uma relação direta entre egocentrismo e ansiedade. A aula trata e reconhece a dificuldade na neutralização do ego. No entanto, o sistema “indireto” da Torá, como trazido pelo mestre Chassídico, o Ba’al Shem Tov, busca resolver este problema de equilíbrio através da contemplação de D’us como a forma de aplacar a ansiedade. Assim, se estabelece um novo contexto para a psique – removendo o intenso auto-foco da pessoa – o que neutraliza o ego através do redirecionar desta força interior para a contemplação da grandeza infinita de D’us.
Uma explosão de insights fazem desta aula uma vértebra fundamental para o restabelecimento do equilíbrio mental e emocional da pessoa que deseja se ligar a Torá de D’us e viver uma vida retificada e feliz. E este serviço alegre ao Criador certamente contribuirá para a revelação do único Mashiach, e que isso seja muito em breve em nossos dias, amém.
Bom dia Rabino Avraham, permita publicar pequena impressão sobre mais este pilar para o caminho da retidão. Que D-us permita.
Entendo que nesta aula o Mestre apresenta com extrema propriedade tudo o que acontece com a pessoa cujo ego é inflado a ponto de se sentir o centro das atenções, mesmo tendo algum “gosto” de todo este arranjo que o lado do mal prepara para quem não esta ligado com o Criador, a pessoa ainda precisa de mais e ao não conseguir, procura culpar a todos em sua volta pelo seu suposto sofrimento etc. Logo ela descobre um pequeno problema e o torna um gigante ao dar ênfase excessiva a assuntos muitas vezes desnecessários, pois o seu foco é distorcido em relação ao ponto de vista central que deve ser D-us em todas as circunstância.
O Mestre traz todas as possibilidades de uma pessoa externa auxiliar outra em desespero pelo excesso de ansiedade negativa, e nos ensina que não podemos desmerecer o sentimento da pessoa ao dizer que ela não deve dar tanta importância para sua ansiedade, pois isso causaria mais ansiedade ainda, tudo isso porque o ego naturalmente inflado transmitira para psique da pessoa uma espécie de afronta e auto piedade também. Sendo que a maneira correta é buscar expressar para a pessoa o quão ínfimo nós somos, que a tudo dependemos única e exclusivamente da misericórdia e benevolência do Criador, e que sendo tão pequenos é normal que tenhamos dificuldades e por vezes sofremos de ansiedade e outros males trazidos para que possamos reconhecer a Grandiosidade do S-nhor do mundo. E que através deste reconhecimento possamos então seguir as Leis que servirão como “condutores” até a Luz, assim cada esforço será blindado com alegrias doces e entendimentos revelados.
Reflito sobre tudo que esta acontecendo nestes dias em minha vida e compreendo ainda mais que tudo é providencia dEle, o fato de estudarmos estas aulas edificantes neste período quando realmente preciso buscar respostas em meu interior, e através de uma auto-analise aferir se realmente estou vivendo a vida como me proponho de fato, será que estou mesmo sendo humilde em compreender que preciso fazer muito mais para minha retificação e compreensão de tudo que o Mestre ensina.
Obrigado Rabino Avraham por tantas revelações fundamentais para seguir a vida.
Edson Bertoldo
Bom dia querido Mestre peço permissão para publicar minha mínima interpretação sobre o que entendi sobre a aula.
Nesta 4ª parte desta maravilhosa série, o Mestre aborda mais uma vez os aspectos místicos ligados a ansiedade entrando na psicologia cabalística do assunto. E nesta aula me fez lembrar o quanto esse aspecto me prejudicou ao longo da trajetória da minha vida, pois me lembro que devido a minha dificuldade na fala (gagueira) pelo fato de ficar ansioso por falar me trouxe problemas psicológicos que comecei a trabalhar, com a ajuda de Hashem, sozinho e depois que conheci minha esposa ela me ajudou nessa questão, pois pelo pouco que li sobre o assunto a gagueira está ligada a ansiedade e também a timidez (ainda que esse aspecto não ter sido abordado nesta aula). Esse shiur desta série profunda me ajudou a entender, ainda que minimamente., como controlar isso em minha vida com mais espiritualidade e confiança em Hashem, pois a pessoa que de fato confia em D’us dorme tranqüila e não tem preocupação de nada nesta vida., pois D’us tudo supre. Relendo o texto senti de escrever sobre o que cita o último parágrafo falando sobre o egocentrismo que precisa fazer uma auto análise para ter a percepção que sem D’us nada acontece em sua vida pois a pessoa que reconhece isso não sofre com ansiedade, pois Hashem tudo supre.
Rendo graças a D’us por esse ensinamento que o Mestre Rabino Avraham nos proporciona.
Tudo de bom sempre
Carlos Henrique
SHALOM CARO RABINO AVRAHAM E AMIGOS DO BEIT ARIZAL,
Peço a licença do Rabino Avraham e dos amigos para comentar brevemente sobre o presente shiur:
Entendo que ao lidar com a ansiedade é necessário que eu tenha uma confiança/bitachón incondicional em D-us, independentemente do grau de complexidade dos testes que se deparam em minha vida, pois tudo é para o bem e como foi ensinado no shiur, preciso ser feliz com o meu lote, não invejar ninguém em meu coração, e reconhecer com gratidão que minha vida e tudo que tenho é presente de D-us, buscando silenciar a mente e o coração, rezando, agindo com humildade e esperando a resposta de D-us para cada dificuldade.
Desta forma entendo que posso me separar dos meus problemas e ao estudar a Torá e contemplar a grandeza de D-us posso adquirir novos circuitos mentais que possibilitam que eu enxergue aspectos das verdades Divinas que ainda não enxergo e que contribuirão para nulificar o meu ego, que D-us permita. Shalom e tudo de bom caro Rabino Avraham e amigos.
Respeitosamente, Emerson
Shalom Rabino Avraham. Venho aqui mais uma vez pedir permissão ao Sr., para fazer um breve comentário, expondo um humilde entendimento.
Nesta aula consegui aprender que quando lidamos com a ansiedade, principalmente nos tratamentos convencionais da psicologia secular, normalmente procura-se suprimir a idéia da ansiedade. É colocado que o problema da pessoa não justifica sua ansiedade, que não tem o porquê dela estar assim diante da situação. Porém, quando isso é feito, a pessoa se foca ainda mais no problema, e isso causa um efeito contrário, ou seja, isso infla o seu ego e o problema cresce em importância, causando mais ansiedade. Muito importante este aspecto da aula.
Por conseqüência então, entendi que um ponto muito importante na resolução da ansiedade é a desinflar do ego. Onde os desejos egoístas das pessoas quando não atendidos geram ansiedade, porque o ego não admite a não realização desses desejos. É uma postura infantil, imatura, de se achar que pode tudo e tudo tem que ser do jeito imaginado em sua mente. Nada pode escapar de seu controle. Isso pode soar como absurdo, mas não é tão incomum, pois o mundo secular prega que se você quer então, você pode. Mas não é assim. Então esse é o maior problema: o ego da pessoa.
Surge outro agravante: no processo do desinflamento do ego, muitos supõem: se a pessoa está ansiosa, com problemas, será que o desinflar do seu ego não causaria uma baixa estima na pessoa, um desânimo? Nada disso. O processo aqui é a pessoa olhar para dentro de si e enxergar isso de forma inversa; de ver que ela não é tão importante ou tão “bam, bam, bam” como ela pensava que era. Que ela é menor que isso. Mais ainda, ela nem deve se comparar, em sua pequenez, com o Criador, porque senão a postura ainda vai ser baseada no ego, porém ela tem que ter a percepção de que D-us está no controle de todas as coisas. A pessoa tem que aprender e aceitar na verdade de que tudo está no controle de D-us e que tudo que é permitido por Ele, sempre é para o bem. E, nesse processo às vezes não quer dizer que a pessoa terá sua realidade como ela imaginou que fosse. O Rabino Avraham ensina que entre o desejo da pessoa e a realidade existe um vão, esse vão é a ansiedade. Muito importante isso.
Nesta aula aprendi ainda outra ferramenta muito eficaz para desinflar o ego: a contemplação de D-us. Quando a pessoa medita na grandeza do Criador, gera em seu coração um desejo retificado. O desejo de ligação com D-us, o desejo original de sua alma. A pessoa então passa a enxergar o quanto ela já é abençoada por D-us e que ele provê tudo o que é necessário para ela. Percebe a misericódia e a bondade de Hashem, e isso aquieta a sua mente equilibrando suas emoções. Podendo assim tratar de maneira apropriada a ansiedade.
Como o rabino ensina, a pessoa começa ter mais objetividade e menos subjetividade, isso faz com que ela de maneira calma, consiga lidar com qualquer situação da realidade que está à sua frente, por um foco agora retificado e assim se D-us quiser poderá atingir novamente seu equilíbrio.
Agradeço ao Sr. Rabino Avraham, a oportunidade de caminhar mais um degrau nesse processo de retificação pessoal e do mundo que vivemos.
Tudo de bom.
Robson Cleber Garcia da Silva
Shalom Mestre,
Pude aprender nesta magnifica aula alguns pontos os quais me chamaram atenção, entre esses logo no inicio o Sr diz que o caminho para o crescimento espiritual depende do equilíbrio e a ansiedade é um termômetro para medir esse ponto.
No decorrer da aula o Mestre comenta que quanto mais a pessoa se foca no problema mais ela infla o seu ego pois a ansiedade gera mais ansiedade, a pessoa se torna obsessiva consigo e tem o seu ego inflado. Eu jamais havia observado por essa ótica de que o ansioso é uma pessoa com ego grande.
Compreendi que quanto maior o ego da pessoa maior a sensação de merecimento ela tem. Observando por essa analise consegui compreender que eu mesmo já fui assim, me sentia injustiçado em alguns momentos devido a frustações egoístas. O Mestre afirma que pessoas ansiosas tem um ego grande por achar que elas merecem muito mais do que estão recebendo.
O Mestre diz sobre a importância da neutralização do ego. A maneira que a Tora trata a ansiedade é o melhor caminho, dá margem à pessoa sobre uma nova apreciação dá espiritualidade. Eu trago um relato pessoal neste paragrafo pois eu sofri de extrema ansiedade boa parte da minha vida e somente após o contato com a Torá através do Rav Avraham eu tive minha vida completamente alterada para o bem, aos poucos fui rebaixando meu ego e curando minha alma, o que graças a D-us extinguiu muito da ansiedade que eu já sofri.
O Rav comenta que se a pessoa observar a grandeza de D-us automaticamente o ego é rebaixado. Quanto mais a pessoa se aprofundar nesse contato com o Divino, mais segura ela vai se sentindo e a forma dela lidar com as causas dá ansiedade mudam, pois ela se sente protegida por Hashem. Eu me emociono ao comentar essa parte pois vivi exatamente esse processo e pude abandonar os remédios para ansiedade e depressão os quais já tive que tomar em algumas fases da vida.
O Rabino cita uma frase de Rambam “só existe um único ser que é Hashem”, todo restante é ligado a Ele.
Ao estudar esses assuntos profundos a pessoa sofre uma mudança de intelecto e consciência, a gente não consegue mais enxergar as coisas da mesma maneira, há um rompimento com a forma de pensar anterior. Porem uma pessoa egocêntrica não consegue ter fé em D-us, infelizmente boa parte do mundo sofre com ansiedade e tudo isso devido ao distanciamento e de uma verdadeira conexão com o Divino;
Por fim o Rav traz algo muito importante, que devemos articular nossos pedidos a Hashem. Ao utilizarmos a oração que é a ferramenta espiritual mais importante que existe. Posso sentir o poder da oração em momentos de aflição em minha vida, como no caso extremo que vivi recentemente com a saúde de minha mãe, eu articulei meus pedidos a Hashem e me senti confortado apesar da gravidade da situação, se fosse em outra época eu teria surtado de tanto nervoso e ansiedade, mas Baruch Hashem, pela Providencia Divina tive contato com o Mestre, o que alterou completamente minha forma de viver e observar o mundo.
Agradeço por mais essa oportunidade de aprendizado.
Thiago
Saudações Rabino Avraham
Peço que me permita trazer mais um comentário da pequena reflexão que pude alcançar no estudo deste shiur.
A exposição que o Mestre nos faz revela uma dimensão que me deixa espantado com a o grau de evidência. Fico espantado porque não consego entender como isso pode ficar escondido de nossa percepção.
Pelo que minimamente consegui compreender, a ansiedade pode ser considerada exatamente a medida da minha falta de fé. Nos fechamos no ego e, com isso, não conseguimos perceber que existe algo além dele mesmo, D´us.
E como o nosso universo se encerra em nosso ego, como nossa visão não consegue ver além dele, então tudo que fazemos é voltado para prover a nós mesmos e para isso só podemos contar com o nosso próprio Eu.
Então, temos que nos mobilizar com tudo, porque é só o meu ego quem pode prover para todos os inúmeros desejos e necessidades do meu ser. Nesta visão turva, míope, tudo depende do Eu, tudo se passa em razão do Eu, tudo se volta para o Eu e o Eu é a única saída e possibilidade de resolução de todos os problemas.
Quando conseguimos abaixar o ego, conseguimos ver adiante e perceber que há algo além do meu Eu, que é D´us. Ele está lá é muito maior que sequer possa imaginar.
Acredito que sabemos disso intelectualmente. Acho que a cultura humana em geral, a despeito das vicissitudes das secularidades, dos desvios e da idolatria, toma D´us como o ser mais amplo. Então é algo que sabemos, intelectualmente. Mas não vivemos isso. Não faz parte de nossa vivência, não é o que pressupomos no dia a dia, na nossa interação com o mundo.
Precisamos perceber isto numa dimensão vivencial. Quando começamos perceber que há algo além, é porque rebaixamos nosso ego e, com isso, passamos a perceber que não há apenas os nossos desejos, nem depende de nós prover nossas necessidades. Captar e compreender que D´us é maior que tudo, que sua presença é sempre maior e fundamental que a insignificância do meu ego, permite que eu me mobilize menos, me preocupe menos e, portanto, sinta menos ansiedade.
É um belo e árduo aprendizado.
Shalom
Shalom Rabino Avraham, peço permissão de fazer uma síntese do curso Or Hozer 4 —Cabala e Psicologia .
Interessante notar como a pessoa diante de um processo ansioso, tem a tendência de buscar suprimir a ansiedade. Alguém fala para a pessoa que está ansiosa, que ela não precisa se preocupar, que seu caso não merece ficar ansioso etc… caso a pessoa se foque demais no seu problema, mais o seu Ego se infla e a partir daí só cresce o grau de ansiedade devido ao quadro de obsessão da pessoa com o problema.
Então vamos partir para neutralizar esse ego inflado, a maneira ideal é você deixar de focar em si mesmo e se focar em D-us, eliminar essa obsessão consigo mesma e neutralizar o Ego , através de observar a grandeza de D-us, o desejo é se ligar ao Divino. O Rav explica o caminho indireto de se focar no Eterno, o desejo de ligação com D-us se manifesta através do amor, amor a seus princípios amor a uma vida em que D-us esteja presente e quando temos essa consciência da presença de D-us na nossa vida, resulta na misericórdia de D-us, na sua benevolência.
Mas a situação de neutralizar o ego não fica apenas restrito a se focar na grandeza de D-us, a pessoa percebe que sua condição egocêntrica é um grande obstáculo para se ter crença em D-us.
Ela percebe que é incompatível seu ego inflado, com a existência Divina, com D-us. Partir dai a pessoa consegue enxergar outra realidade, ela enxerga que tudo vem de D-us, tudo é presente de D-us, ela começa neutralizar o ego a partir do momento que assume uma postura mais humilde.
Ela agora entra numa fase de adoçamento da ansiedade e quando ela pede a D-us tudo e fala: “D-us, absolutamente eu coloco tudo em Suas mãos, eu peço que Você resolva os problemas porque eu não tenho capacidade de resolver tudo que está acontecendo” , ela entrou num estágio onde o ego foi neutralizado. Ela conseguiu sanar a ansiedade, e aprende a orar, graças a D-us, que é uma ferramenta espiritual muito importante na relação entre o homem e D-us.
Francisco Fernando
OR HOZER – CABALÁ E PSICOLOGIA 4
Boa noite Sr. Rabino Avraham, gostaria de escrever um breve comentário sobre esta aula que nos ajuda muito a respeito de como lidar com a ansiedade que é considerado nessa geração como o mal do século.
Através dessa aula do nosso mestre é explicado para nós que a ansiedade que existe no homem é porque existe um desequilíbrio na pessoa e é muito importante tratar essa ansiedade que causa um desequilíbrio na vida da pessoa.
A ansiedade surge quando a pessoa está diante de um problema e quanto mais ela se foca nesse problema mais ela infla o seu ego e através disso ela pensar e achar que ela é merecedora de alguma coisa mas na verdade a pessoa acaba pensando só nela mesma tornado-a mais egocêntrica.
Uma pessoa extremamente egocêntrica ela pode causar transtornos entre relacionamentos
e pode ter dificuldades de se relacionar com outras pessoas aumentando ainda mais o problema.
A pessoa deve procurar uma maneira de neutralizar o seu ego sendo mais humilde e parar de pensar só em si próprio e lembrar que é D’us que rege todo o universo através de Sua grandeza e contemplar a Sua Grandeza.
Agradeço mais uma vez pelo tempo e atenção e pelas orientações. Amém
Shalom e tudo de bom.
Neemias Barreto