Nesta parashá dupla, Matót-Maasêi, está escrito: אלה מסעי בני-ישראל אשר יצאו מארץ מצרים לצבאתם Ele massêi venei-Israel ashér yatsu meérets Mitsrayim letsivotam, “Estas são as jornadas do Povo de Israel, pelas quais eles saíram da terra do Egito com seus exércitos etc.” (Bamidbar 33:1, Maasêi). Vemos que a guemátria atbash do início deste passúk/verso, אלה מסעי בני-ישראל “Estas são as jornadas do Povo de Israel” é igual a 819, a mesma da guemátria absoluta de משמרת הקדש Mishmeret Ha-Kódesh, “Vigília Santa”. Esta expressão aparece primeiro na Torá de forma integral como Shomrei Mishmeret Ha-Kódesh, “Os Guardas da Vigília Santa” (Bamidbar 3:28). As jornadas que Hashem designou para o Povo de Israel representam os estágios ascendentes da vida, mas somente para aqueles que obedecem a “Vigília Santa” mesmo sem entender seu significado ou função. Ao se abnegar diante das mudanças e viagens impostas a cada um, o judeu se torna um que “guarda” os desígnios de Hashem. Ou seja, a proteção dos Céus unicamente paira para os que ouvem o chamado da ‘קול ה Kol Hashem, “Voz de D-us”, com guemátria absoluta 162, a mesma da guemátria ordinal do verso citado. E ainda que seja difícil levantar acampamento e partir em jornada quando os Céus assim determinam, ele se preenche de alegria e esperança que na mais nova mudança de local, enfim virá a redenção. Mais ainda, estas jornadas santas são um arquétipo para todos os homens do mundo que se ligam a Torá de modo apropriado, como vemos na guemátria katán deste verso sendo 45, a mesma de אדם adam/homem. De fato, o milui (“expansão”) do sofít tavót (“letras finais”, הייל) do verso אלה מסעי בני-ישראל “Estas são as jornadas do Povo de Israel” é הא יוד יוד למד, e que este milui tem guemátria 120, a mesma da guemátria absoluta de בני נח Bnei Nâoch, “Filhos de Noé“. Vemos que no aspecto da “final/sofit da expansão/milui” do Bnêi Israel/Povo Judeu encontram-se os Noéticos – não judeus que assumem de observar rigorosamente as “Sete Leis” da Torá para as Nações do mundo*.
Agora, a Torá ensina neste mesmo verso, a condição sine qua non para que as jornadas sejam abençoadas: o desligamento de Mitsrayim/Egito – a palavra código que significa “domínio do Mal”, ou seja, das idolatrias. Veja, o reshêi tavót (acróstico) de יצאו מארץ מצרים לצבאתם “eles saíram da terra do Egito com seus exércitos” é יממל (yud-mem-mem-lámed), de guemátria 120. Veja, o Nome Elokim (que corresponde as guevurót/severidades) compreende cinco letras (alef-lámed-hei-yud-mem), e cinco letras produzem 120 permutações: 5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120. E as diferentes permutações deste Nome Santo indicam todos os tipos dos vários julgamentos sobre as forças que derivam benefício do final da santidade (destas 120 permutações). Este é o domínio do Mal, e estes são os juízos severos das mazalót/constelações e planetas (ou seja, tudo que é ligado à astrologia), e em geral de qualquer espécie de “intermediários” na devoção do homem a D-us. Todas estas espécies do mal – estrelas, ídolos, pessoas etc. – são meras forças inferiores e limitadas chamadas de elohim achêirim (“deuses inferiores”) e que constituem a idolatria enraizada nestas permutações, negando o Um D-us. Se a pessoa acredita nestas impurezas ela perde completamente a proteção Divina misericordiosa e agora fica subjugada aos poderes baixos, e as suas jornadas que poderiam ser abençoadas se tornam meras “jornadas das estrelas” – os caminhos espirituais estranhos. E deste modo, ela não tem porção alguma da “Vigília Santa”, e é então regida somente pelas forças tolas dos fracos de mente e coração que compreendem a maioria no mundo. O julgamento Divino e alerta neste verso é visto aqui de outro modo também, pois a guemátria katán de אשר יצאו מארץ מצרים לצבאתם “pelas quais eles saíram da terra do Egito com seus exércitos” (que agora inclui a expressão אשר ashér, “pelas quais”), é 86 – a mesma da guemátria absoluta de Elokim.
* Isto significa que os noéticos se encontram no limite final da kedushá/santidade, quase em conjunção com o “outro lado”, como será explicado a seguir sobre a guemátria 120. Alegoricamente, é como se o final da kedushá representa uma cerca entre duas propriedades, por assim dizer. Os noéticos estão do “outro lado” da cerca, mas encostados nela.
Caro Rabino Avraham, obrigado pelo ensinamento de Torá.
Como disse caro Rabino, “Os noéticos estão do “outro lado” da cerca, mas encostados nela”. É uma cerca com aberturas bem pequenas para receber um fio de Luz Divina. Aos poucos, estamos a ser curado, graças a D’us.
Melhores cumprimentos ao Rabino Avraham Chachamovits, nosso grande Tzaddik.
Shalom!
Bom dia, caro Rabino Avraham,
BH, hoje eu ouvi as duas aulas “FILHOS E A EDUCAÇÃO NOÉTICA 1 & 2” postado em 05/03/2013, primeiro gostaria de agradecer à Hashem por essas lições, graças a D’us caro Rabino Avraham Chachamovits está nos ensinando a ter cuidado e aprender a observar e realizar as 7 Leis Noéticas. Como recomendado pelo Tzaddik, tenho lido, e estou lendo novamente o importante livro do sr., “Cuidado! Sua Alma Pode Estar em Perigo”. Graça a D’us, quando algo muito terrível venha a acontecer comigo, eu lembro de lições do Rebe, e vem salvação no momento certo, agradecimento ao Rebe, e um grande respeito pelas suas obras santas. Obrigado!
Shalom sr. Rabino Avraham,
Sou grata por mais esta aula. Estou quase indo para a minha jornada, depois de muitas lutas e dor, incertezas. Estou me recuperando, e peço ao sr. que reze por mim.