YITRÔ: “AS INSTRUÇÕES DA TORÁ PARA OS NÃO JUDEUS”

Um vórt (“breves palavras de Torá”) sobre a parashá Yitrô 5774 (Nenhum verso específico foi citado).

tzedakah

6 pensamentos sobre “YITRÔ: “AS INSTRUÇÕES DA TORÁ PARA OS NÃO JUDEUS”

  1. Shalom Rabino Avraham, espero que estas palavras encontrem o Sr, com a Paz.

    Mais uma vez pedirei permissão ao mestre para dissertar sobre o entendimento que surgiu ao estudar a Parashá Yitrô: https://beitarizal.org.br/2014/01/17/yitro-as-instrucoes-da-tora-para-os-nao-judeus/ . onde o mestre esclarece detalhes importantíssimos sobre a relação dos não judeus com as Sete Leis e também com o Bnei Israel e a Torá de Hashem.

    O Mestre começa a aula falando. ”Apesar de parecer estranho que um não judeu perguntasse para um Rabino, uma questão, uma duvida de como agir na sua vida, de fato isso deveria ser comum, afinal existem muito mais não judeus no mundo do que Judeus, e cada um dos não judeus deveriam estar preocupados com suas responsabilidades de como cumprir as Leis de D-us”.

    Hoje entendo através dos fatos, que a maioria das pessoas nas nações (inclusive a brasileira) não aprenderam respeitar as Leis do Criador, com isso não desenvolveram sensibilidade para reconhecer quem realmente vive de acordo com a Verdade do UM (abençoado seja Ele), lembro que alguns meses após o nascimento a maioria das crianças no Brasil recebem algo como o primeiro ‘espinho’ idolatra, tudo isso em perfeito consentimentos dos pais que os chamam de ‘xatismo’. A partir deste momento passa a valer as imagens idolatras tanto em casa, quanto na escola, nos meios de comunicação e poluições visuais estão por toda parte, digo isso por ter vivenciado uma situação e acredito que muitos dos brasileiros não saberiam decifrar/identificar entre um Judeu com vestimentas tradicionais e um destes xadres que cultuam cerejas, infelizmente a cultura ensina somente a doutrina xstã.

    Quando jovens são escravizados pela maquina da corrupção que fomenta a baixa qualidade de ensino e os mantêm preocupados em ganhar o sustento, muitas vezes ainda em idade de formação das faculdades mentais que o definiria como um cidadão livre para pensar e escolher caminhos que deveriam ser apresentados junto com oportunidades de escolha dentro do sistema de ensino que é meramente acadêmico, não estimula os conhecimentos distintos e profundo, como o ensinar que o aluno tem uma alma e que ela também pode ser trabalhada, melhorada para assim servir ao Criador com alegria.

    Então quando adultos a maioria não define sobre a fé, convivem em ambientes seculares, rodeados de manias, gírias e vulneráveis a qualquer charlatão que apresenta algo como sendo feito por fulano ou beltrano, famoso que virou moda etc. Entendo que desta forma começa a despertar ainda que a anos luz um minusculo entendimento destorcido do que é material e espiritual. É ensinado que quando a providência Divina desperta nestes cidadãos alguma esperança de entender algo santo, eles estão presos ao passado, dentro de suas materialidades racionais, não conseguem escapar das cascas, porque a arrogância egocêntrica de muitos anos está tão enraizada que somente pela misericórdia do Criador é possível de respirar na tentativa de sobrepujas estes obstáculos que servirão como ‘base’ para uma nova fase se D-us quiser.

    Então para os persistentes que acreditaram sem conhecer que existia um elo chamado Fé, agora com outro olhar circunferencial, poderão identificar mesmo que minimamente, através das palavras de um Justo, que transmitem confiança e sabedoria, tomar coragem e perguntar, “como posso fazer para melhorar meu modo de vida” e andar nos caminhos do Criador?.
    Graças a D-us quem chegar a este ponto poderá ser ainda mais abençoado e encontrará um mestre como o Rabino Avraham, que dedica obras e obras, tempo e investe energia Santa em prol destes guerreiros escolhidos que agora receberam a incumbência de cumprir as Sete Leis e suas ramificações, muitos sofrem transformações e são permitidos de trilhar o caminho no monte do S-nhor. Outros suportam o suficiente providenciado e seguiram suas vidas com experiencias mínimas vivenciadas que levaram até o fim dos seus dias. Para os que permanecem o mestre com carinho de pai se encarrega de guiá-los dentro das Sete Leis através das obras escritas e digitais, muita coisa precisa ser mudada e o aprendizado exige disciplina e dedicação incondicional para que tenha consistência e gerem frutos, assim entendo a interrogativa introdutória do mestre.

    “Naturalmente se existir uma ‘ponte’ de comunicação para estes assuntos civis entre não judeus eu Rabinos… isso é ideal mas talvez seja algo para uma próxima etapa no desenvolvimento cultural brasileiro Judaico e também dos Bnei Noach”.

    Com pequeno entendimento, acredito muito que seja possível um dia se D-us quiser a comunidade judaica no Brasil possa ter ao seu lado uma comunidade fundamentada e consistente de Bnei Noach, que ao seguir com diligencia as Sete Leis poderam despertar confiança e respeito merecido ao povo Santo hoje em (diáspora) pelo mundo, assim estreitar os laços de amizade em algum nível para que haja colaboração mutua e assim fomentar junto as entidades governamentais, adequação/formação de leis que venham convergir com os ensinamentos da Torá para as nações, para que as leis do pais possam ser alinhadas e respeitadas.
    Entendo conforme os ensinamentos do mestre, que os Bnei Noach, não são permitidos de ter um dia da semana para que seja denominado dia de descanso, pois não nos é permitido em nem uma hipotes o cumprir do Shabat, e também se escolhermos o domingo estaremos aderindo o dia denominado ao idolatras assim como os feriados considerados pelo estado como dedicado a ídolos e demais seguimentos profanos, (que D-us não permita), então para que aja equilíbrio é necessário o desenvolver de comunidades autênticas e pessoas com envolvimento e liberdade para exemplar junto as nações de forma natural e sensível, pois como dito os brasileiros “não suportam” serem disciplinados, então reflito sobre a necessidade de seguir os passos de cada um em particular, algo que demanda muito trabalho e dedicação.

    Agora “nem tudo que reluz é ouro”.
    O mestre exemplifica através desta frase o perigo que as nações correm, com as heresias abundantes no mundo, em nosso país vem se desencadeando uma leva de movimentos que imitam cultos de diversas crenças e também do Povo Santo, se auto denominam ‘cabeça’ e levam multidões a pecarem com imitações de leis e vestimentas, vendem produtos e fomentam distorções nos mandamento do Criador. Também existem grupos de pessoas neutras a qualquer doutrina religiosa ou filosóficas, pois entendem que não é necessário envolvimento para que vivam suas vidas. Entendo que existe um grande potencial nestes grupos e possíveis de serem trabalhados para que a eles sejam apresentadas as Sete Leis de forma natural que é vivenciado a cada dia, apenas é preciso despertá-los para que possam fazer a diferença nas nações se D-us quiser.

    “O mais importante para um noético é ele cumprir com o desejo de D-us, que deu sete categorias de Leis e eles devem evitar qualquer desejo fruto de impurezas, de querer se aparentar e imitar judeus, um Ben ou Bat Noach pode se retificar e possivelmente até adquirir uma medida de Santidade, mas ele vai ter que lutar contra a contaminação secular que esta impregnada nele… busco proteger verdadeiramente os Noéticos raríssimos que se mostram sinceros, humildes que entendem a necessidade de correção e que aceitam isso com alegria no coração, essas pessoas iram crescer sim se D-us quiser e vão contribuir para a retificação do mundo e pra vinda do Mashiach”.

    Humildemente agradeço o Rabino Avraham pela oportunidade que estou tendo de ser corrigido, sei que dou muito trabalho ao Sr, peço a Hashem para que um dia todos os aspirantes a Noéticos se tornem verdadeiros Bnei Noach, e assim possamos honrar o mestre que tanto nos incentiva e corrige para que seguimos o caminho do meio se D-us quiser.

    Obrigado a todos os amigos que participam deste site e auxiliam de alguma forma para que permaneça iluminando o mundo com ensinamentos autênticos e Santos, força e coragem sempre, “Transformação e uma possibilidade real”.

    Edson.

  2. Pela Graça de D’us.

    Prezado Rabino e Prezados Amigos:

    Peço permissão ao Rabino Avraham, para comentar sobre o presente shiur.

    A aula se inicia com o Rav explicando que a Parashá Yitrô relata a recebimento da Torá, pelo Bnei Israel, no Monte Sinai. Por extensão, prossegue o Rav, é aplicável, neste shiur, tratar das instruções da Torá para os não judeus – as halachót (leis) dos Bnêi Nôach. O Rav afirma que, apesar de parecer estranho um gentio pedir orientação a um rabino, de fato isso deveria ser comum, pois existem mais não judeus no mundo do que judeus, sendo os não judeus deveriam estar muito preocupados com suas responsabilidades haláchicas, ou seja, como cumprir as leis de D’us que foram outorgadas para o Bnêi Israel, mas o fato é que Hashem deu algumas mitsvót básicas – na verdade, categorias de leis com inúmeras ramificações –, para que os não judeus, que não receberam a Torá, pudessem saber como atuar nesse mundo, de modo a fomentar uma sociedade equilibrada e harmônica, certamente o que não está acontecendo agora, explica o Rav. É verdade, o Rabino revela, que muitos não judeus estão preocupados sobre a sua porção no Olam Habá (Mundo Vindouro), no futuro, mas se as Nações não tivessem sido enganadas por religiões espúrias, a quantidade de não judeus que cumpririam as suas mitsvót, as quais eles foram ordenados, seria muitas vezes maior. O Rav afirma que é trágico que eles foram enganados, em crenças falsas e práticas, se desviando do caminho de Hashem O Rabino Avraham ensina que há toda uma literatura que discute as responsabilidades de mitsvót dos não judeus. Apesar de que foi Adam quem, originalmente, recebeu essas mitsvót, elas são normalmente referidas como Sheva Mitsvót Bnêi Nôach (Sete Mitsvót dos Filhos de Nôach), pois toda a humanidade descende de Nôach. Mais ainda, continua o Rabino Avraham, um judeu deveria ter um conhecimento íntimo dessas halachót que se aplicam aos não judeus, uma vez que é proibido causar um não judeu de transgredir as suas mitsvót, e isso está incluído nas violações da Torá de “Lifnei iver lo sitain michshol”, ou seja, “Não coloque um obstáculo diante de uma pessoa cega”. Nesse caso, isso significa não causar uma pessoa de pecar, se ela é “cega” sobre a seriedade de sua violação, o Rav aqui citando o Talmud. Na verdade, o Rav prossegue, um não judeu precisa obrigatoriamente cumprir mais do que sete mitsvót, sendo que as sete mitsvót são categorias amplas. Além dessas, existem mitsvót adicionais, traz o Rabino.

    Quando tive contato com a obra de Torá do Rabino Avraham pela primeira vez, foi como se o mundo tivesse parado. Todos os conceitos que eu tinha, a respeito de religião em geral, foram “estilhaçados” pela verdade das palavras do Rabino, foi algo tão forte que é difícil explicar. Pensava que havia apenas o que me foi apresentado no Brasil, e em parte do mundo, ou seja, os conceitos xistãos. Depois de muita pesquisa, estudo e comprovações, ainda não achei explicação melhor que a do Rav para, por exemplo, as entidades catalogadas no livro do Rav “Cuidado! Sua Alma Pode Estar em Perigo”, justamente as que presenciei pessoalmente em sonhos, e em outras ocasiões. Falo incansavelmente sobre isso, pois nunca havia lido algo tão “certeiro” e, ainda por cima, testemunhado por mim, algo de que não me orgulho nem um pouco, pois isso significa proximidade com a sitra achra, de acordo com os ensinos do Rav. As religiões não sancionadas pelo Eterno, ao invés de esclarecimentos, só me deixaram mais perdido. Em outras palavras, saber que eu posso seguir mitsvót específicas para o meu grupo espiritual, me ajudou para uma visão um pouco mais clara das coisas, e foi a melhor notícia que eu tive em décadas.

    De acordo com o Rav, as sete proibições cardinais que se aplicam aos não judeus são as seguintes:

    1) Avodah Zarah (Idolatria): é proibido, para um não judeu, adorar ídolos de qualquer espécie – a maioria das religiões do mundo são idólatras, em particular as religiões do oriente, traz o Rabino. Apesar de que o xistianismo constitui idolatria para o judeu, existe uma disputa se é considerado idolatria para os noéticos. Alguns poskim (legisladores da Lei Judaica), segue o Rabino, discutem se os conceitos estranhos sobre D’us, presentes nessa e em outras religiões (que tem uma base de várias misturas do Zoroastrismo, entre outras bases de origem pagã, que se misturaram, inclusive, com base judaica) realmente violam a proibição de avodah zarah, como foi ordenada para Adam e Nôach. Entretanto, a maioria dos poskim posteriores discutem que a crença xistã constitui avodah zarah, mesmo para um não judeu, traz o Rav. Inclusive, o revela, há um conceito errado entre os judeus, que somente o xistolicismo é avodah zarah, mas não o protestanxismo. Segundo o Rabino Avraham, isso não é verdade: a despeito da questão de violação, estritamente dita, todos os braços e tipos de xistianismo incluem crenças idólatras.

    2) Guilui Araiót: trata das relações ilícitas.

    3) Assassinato: inclui aborto, suicídio e eutanásia. A punição capital (pena de morte), quando é halachicamente autorizada, não viola essa mitsvá, pois a Torá requer que o cumprimento das sete mitsvót dos Bnêi Nôach seja garantido.

    4) Êiver min hachái: proibição de comer o membro, ou a carne removida de um animal que ainda está haláchicamente vivo, mesmo que o animal esteja morto. O Rav explica que os não judeus desconhecem se o abate do animal ocorreu enquanto haláchicamente o animal é considerado vivo. Se isso acontece, o Ben (filho) ou Bat (filha) Nôach estão violando a halachá de êiver min hachái, apesar de não ter o efeito na alma necessariamente como é para os judeus, o Rav explica.

    5) Blasfêmia: o não judeu que xinga Hashem é sujeito à punição capital, se o seu crime for testemunhado e, assim como as outras mitsvót, ele não pode clamar que ele desconhecia que isso era proibido.

    6) Roubar: essa proibição inclui pegar mesmo um item pequeno, mas que não pertence a ele, ou comer algo do dono do trabalho que ele tem sem permissão, ou não pagar os seus empregados ou contratados. De acordo com algumas opiniões, isso inclui não pagar os trabalhadores ou contratados no tempo exato.

    7) Dinim (Cortes de Justiça): é a mitsvá de estabelecer cortes de justiça, em cada cidade e região, para garantir que as pessoas cumpram as suas mitsvót. Há diversas discussões rabínicas a respeito do assunto, ao que o Rabino afirma que o ideal seria um não judeu, alinhado às leis da Torá, procurar um tribunal rabínico para resolver questões judiciais, ao invés de um tribunal secular, embora ainda seja algo de cunho remoto no Brasil. O Rabino esclarece: em todas as discussões rabínicas, há consenso em relação à dina de malchusa dina, ou seja, a ideia de que as leis que são estabelecidas no país, pelas autoridades civis, para o bem comum, devem ser cumpridas pelos não judeus: impostos, leis de trânsito, construção, saneamento, regulamentos contra o contrabando etc.

    Dando prosseguimento ao shiur, o Rabino Avraham discorre sobre proibições adicionais às 7 mitsvót para os noéticos. De acordo com algumas opiniões, traz o Rav, um não judeu não pode enxertar ou transplantar árvores de diferentes espécies, ou cruzar animais, ao que o Rav cita diversas fontes haláchicas. Além disso, segundo Rav, o não judeu é proibido de ser dono de uma árvore transplantada, assim como o judeu é proibido de vender tal árvore a um gentio, para que ele cause o não judeu de violar a sua mitsvá. O Rabino ensina que alguns poskim discutem que não judeus são proibidos, também, de se engajar em bruxaria: magia negra, necromancia, ou qualquer outra técnica que prediga o futuro. Há outras opiniões que discordam, enquanto a deah do Rav é que é inquestionavelmente proibido, para um Ben ou Bat Nôach, se ligar a esses assuntos que são terminantemente proibido para os judeus. O Rabino é categórico ao afirmar: uma pessoa de D’us só quer saber de D’us, e não de assuntos intermediários.

    É curioso: tenho pensando nas minhas motivações espirituais, ultimamente. Estou aqui porque quero que as pessoas apreciem o meu texto, ganhar um “afago na cabeça”, ou estou aqui para buscar um caminho de retidão, em sinceridade com Hashem? É como uma dieta: vou emagrecer para me tornar atraente, e atrair relações ilícitas com outras mulheres, ou é pela minha saúde? Cair no engano é muito fácil, tenho percebido isso em mim mesmo, até porque só posso falar por mim, mais ninguém. O que quero dizer é que, na época em que buscava cartomantes, “trabalhos” e outras práticas de magia, tudo não sancionado pelo Eterno, segundo o Rav, era por pura vaidade. Ainda tenho muito desse orgulho, mas vamos em frente, ao menos estou tentando acertar, dessa vez com a escolha certa: estudar a obra de Torá do Rabino Avraham. Se D’us quiser, retifico minhas intenções também.

    Na sequência da aula, o Rav ensina que um não judeu é proibido de cumprir o Shabat, por diversas razões: um não judeu não cresceu na cultura judaica, não conhece as leis de Shabat, mesmo que ele estude só teria acesso a partes da informação necessária, porque a maioria está em hebraico, além dos comentários que ele não entenderia etc. Há diversas implicações, como o gentio incorrer na imitação do judeu e da prática judaica, e profanação do nome de D’us, por exemplo. Mais ainda, o Rabino Avraham prossegue, um não judeu não pode ter um dia de repouso, sem que ele faça as melachót (categoria ampla de 39 trabalhos, que eram realizados no Templo Sagrado, que daí derivam as proibições do Shabat), ou seja, um não judeu não pode determinar um dia qualquer para o seu descanso, o Rav aqui citando o Talmud. Segundo o Rav, o Rashi explica que o não judeu é obrigado a trabalhar todos os dias, enquanto o Rambam explica que é proibido de fazer o seu próprio feriado no sentido religioso, pois a Torá é oposta à criação de religiões feitas pelos homens, traz o Rabino. Em outras palavras, o Rabino ensina, ou a pessoa se converte ao judaísmo pela halachá (algo que só é possível em Israel), ou ela permanece com as suas leis, sem adicionar ou subtrair nada. Além disso, o Rav explica, há a questão do judeu assimilado, não observante, que aprende acidentalmente de um gentio que mantém o dia do repouso, fazendo com que este judeu crie suas próprias mitsvót. Essa falsificação religiosa e imitação dos judeus, traz o Rav, é antiga, quando grupos hereges, na época do Templo Sagrado, se distanciavam dos rabinos e formavam os seus próprios cultos e, não estando mais diante das autoridades rabínicas, acabavam reformando e criando aspectos religiosos que deram origem a religiões inteiras e, com a passagem do tempo, desapareceram ou sofreram novas mutações, cada vez mais degeneradas. Um exemplo disso em nossos dias, o Rabino ensina, é o movimento chamado “judeus messiânicos”, um grupo de não judeus que imitam os judeus nos rituais e práticas, etc. O Rabino Avraham afirma que é um movimento proselitista execrável, que explora os incautos e está frontalmente contra a Torá, e é produto do caos e arrogância instaurado no mundo. O Rav cita, também, os “centros de Cabala”, que tem fins somente comerciais, com pretextos como entretenimento e auto-ajuda, e não estão alinhados com a verdade da Torá. É uma série de luzes falsas, como o Rav traz, citando o Zohar: “O mal é uma luz mais escura”. Segundo a visão do Rabino, os incautos “correm atrás de pirita” (“ouro de tolo”, que tem brilho falso), que são esses grupos de essência herege.

    Buscar a verdade não é nem um pouco aprazível. Dói, ainda mais quando sou confrontado com os meus piores defeitos. É o remédio amargo, o “bom”, e não a “doçura revelada”. Queda, reerguimento, e assim por diante. É como o Rav ensina, as referências das pessoas que procuram os “centros de Cabala” e afins estão erradas: é pelo “prazer, “alívio”, pela “gargalhada”, ingestão de “soma”. É como se a dor não fizesse parte da vida – uma ilusão. Não é muito agradável saber que, a priore, se está em um mundo sujo, em um corpo sujo, e em uma sociedade secular suja, com misturas idem. Por outro lado, é bom saber que há um “caminho do meio”, em que posso me limpar/retificar, um lugar onde posso contar com uma estrutura de estudo de Torá legítima, para “domar” os meus impulsos negativos e, quem sabe, vir a ser uma pessoa de mérito, e encontrar alguma luz. Tudo por D’us. Não achei método melhor que o do Rabino, para este fim. Até porque prazer sem propósito não serve para nada, como comentei acima, assim como o sofrimento sem propósito. E aqui há propósito de sobra, propósito santo, graças a D’us.

    O Rabino Avraham faz um esclarecimento: o presente shiur não estabelece halachá, não há essa pretensão. O Rav traz a opinião dos grandes mestres e legisladores, para que as pessoas compreendam um pouco a complexidade dessa dinâmica, e o desejo de se encontrar o caminho da retidão para os não judeus. Um não judeu associado a um rabino vai escutar a linha de pensamento, as deót (opiniões) desse rabino, que precisam ser baseadas nesses Sábios, para que possa seguir a sua vida.

    Esta parte do shiur é a maior demonstração de pureza de intenções do Rabino Avraham. Ao ouvir esta parte da aula, lembrei da videoconferência em Brasília, quando o Rav afirmou: “Eu só quero que vocês cresçam, nada mais”. Para mim, é como uma convocação, um chamado para um longo caminho. Aprecio as deót, o estilo e a didática do Rav. Baruch Hashem.

    O Rabino Avraham ensina que há uma disputa entre os poskim, se o judeu pode ensinar Torá para o não judeu, se o mesmo está planejando se converter, sendo alguns legisladores a favor e outros contra. Alguns Sábios permitem que se ensine Neviim (Profetas) e Ketuvim (Escrituras) aos não judeus, sem os comentários e aprofundamentos.

    Algumas correntes aceitam, o Rav prossegue, que não judeus estudem aspectos místicos da Torá. Hoje em dia, vivemos em uma época em que, devido à necessidade de chegar próximo de judeus assimilados, que perderam sua identidade judaica, por extensão os não judeus também tiveram acesso a esses assuntos, porém trazidos em uma linguagem mais diluída. O Rabino afirma que tudo que fomentar Yirat Shamayim (temor aos Céus), ou seja, temor ao pecado, é positivo para os gentios, sendo o Rav a favor de ensinar os aspectos místicos da Torá. Entretanto, o Rabino é contra que os não judeus tenham a pretensão de se acharem capazes de entender e fazer uso de conceitos e termos judaicos, principalmente na área mística. Dentro dos devidos limites, o Rav deixa a sua obra de Torá disponível publicamente, para os não judeus inclusive, com o objetivo de criar uma força a mais no desejo dos noéticos, de se ligar a Hashem e ajudar a limpar o mundo, que está tão perdido em todos os níveis.

    Para ajudar a limpar o mundo preciso, em primeiro lugar, me limpar. Tudo pode ser distorcido pelo meu interior torpe: minha visão de mundo, ações etc. É muita generosidade do Rav deixar a sua obra de Torá disponível, foi justamente assim que começou o meu interesse nestes estudos tão santos, supervisionados pelo Rabino. Sinceramente, desejo que mais pessoas sejam tocadas pelas palavras de Torá do Rav e assim, quem sabe futuramente, como quando conversei certo dia com o Sr. Diego, Sr. Edson e Sr. Fábio em Porto Alegre, poderemos contar com um político com formação noética legítima, se D’us quiser, para ajudar na limpeza do mundo, como trazido no parágrafo supra transcrito.

    De acordo com o Rav, o mais importante de tudo, para um noético de verdade, é ele fazer o desejo de D’us, que deu sete categorias de mitsvót, e evitar qualquer desejo – produto de impureza – de querer imitar os judeus, pois foi esse desejo originou os movimentos hereges. O Ben ou Bat Nôach pode se retificar e, possivelmente, adquirir uma medida de kedushá (santidade), mas será preciso lutar contra a contaminação secular interna, que implica em teimosia doentia, indisciplina, entre outras coisas. Se o/a aspirante a noético conseguir seguir lutar contra isso e seguir exatamente o que a Torá ensina, com humildade e alegria no coração, o Rav acredita que haverá um lugar no Olam Habá para o não judeu.

    O Rabino Avraham afirma que o Judaísmo não é proselitista, não busca convertidos. Porém, quando se encontra não judeus sinceros, o Rav explica, é importante direcioná-los em sua busca pela verdade, através de introduzi-los às Sete Mitsvót dos Bnêi Nôach. O Rav afirma que acredita profundamente nisto, e procura proteger essas pessoas, que se mostram sinceras e humildes, e entendem a necessidade de correção constante, e que aceitam isso com alegria no coração, pessoas que crescerão e colaborarão para a vinda do único e verdadeiro Mashiach.

    Quando sinto que cumpro algo do que é proposto a um gentio cumprir, me dou conta de que descumpro várias outras ramificações, entre as 7 categorias de mitsvót noéticas. Meu humor e ânimo têm oscilado muito, e muitas vezes isso influencia, também, na minha concentração e no meu entusiasmo. Além disso, meu comportamento social não é dos melhores, como os amigos da comunidade sabem. Porém, há uma coisa que esse mundo secular ingrato ainda não tirou de mim: a minha sinceridade na busca espiritual. Me coloco aqui, na posição de aluno, à disposição do Rav, graças a D’us.

    Uma boa noite ao Rabino Avraham.

    Márcio

  3. Shalom caro Rabino Avraham e amigos do Beit Arizal,

    Peço respeitosamente a licença comentar sobre o presente shiur:

    Vejo este shiur como uma luz muito especial para os não judeus que buscam se alinhar á Torá através das 7 leis dos Bnei Noach, e de fato aqui é trazido a opinião dos grandes Mestres do passado sobre diversos assuntos, mas como explica o Mestre Avraham, o não judeu precisa seguir as opiniões de seu Rabino e Mestre, ser fiel a ele honrando-o. Entendo que o fato das nações serem espiritualmente muito confusas, algo que o Mestre fala na obra “Cabalá Twitter” só deixa ainda mais claro a necessidade de uma orientação de alguém plenamente qualificado, a saber, um Mestre verdadeiro, pois o não judeu erra facilmente até quando é bem intencionado, algo que o Mestre deixa claro em suas obras.

    Entendo que o não judeu arrogantemente pode em sua superficialidade achar que as 7 Leis Noéticas são simples e não demandam muito estudo ou que elas não são suficientes para ele e por isso ele sente a necessidade de adicionar algo em sua dieta espiritual sendo tentado a estudar quase que somente assuntos esotéricos, ignorando o estudo das leis noéticas literalmente ou caindo na tentação de imitar judeus, inventando coisas novas de maneira muito infantil e assim a queda espiritual se torna inevitável, que D-us não permita. Como traz o Mestre, as Leis Noéticas são 7 categorias de leis com inúmeras ramificações e requer sim um estudo zeloso e orientação de alguém qualificado para que o não judeu não se perca em sua suposta vida noética.

    As dificuldades comunitárias que estão diante dos noéticos brasileiros são tremendas e complexas, pois como fala o Mestre, no Brasil ainda falta muito um desenvolvimento cultural noético e judaico para fortalecer essa parceria espiritual, quando penso nisso me sinto pequeno demais diante dos desafios, mas preciso enfrentar os testes e mais testes e jamais me desanimar, confiando somente em D-us, sem me apoiar em grandezas ou favores mundanos rumo a construção de uma comunidade sólida com outros poucos noéticos daqui para que nos tornemos como verdadeiros soldados enviados para uma missão especial em uma fronteira distante para trazer a consciência sobre o Divino para pessoas que não tem contato direto com Judeus ou Rabinos, que D-us permita. Agradeço á D-us e ao Mestre pela rica oportunidade de estar ligado a esta santa obra de Torá, tudo de bom á todos.

    Respeitosamente, Emerson

  4. Shalom Rabino Avraham e amigos. Gostaria de pedir permissão para comentar um pequeno entendimento a respeito da aula presente.

    Graças a D-us que, na outorga da Torá para o Povo Santo, tivemos também as Leis de D-us para os não judeus, os B’nei Noach; o que em meu humilde entendimento, mostra que Hashem em sua infinita misericórdia e bondade, se preocupou com a condição para o bem dos gentios, mesmo estes, não tendo recebido a Torá como fizeram os judeus.

    É interessante que na atual condição que vivem as nações, tão pouco é falado a respeito das Sete Leis dos Filhos de Noé. Muito provavelmente isso tenha ocorrido por diversas razões, mas as que mais me chamam a atenção, são as diversas religiões que entre outras coisas, praticam a idolatria (tudo que nos distancia de D-us) e também pelo fato de o Povo Santo ser muito perseguido durante toda a história, o que pode ter contribuído para essa disseminação muito pequena das instruções da Torá para os não judeus.

    Em meu caso particular, posso dizer que isso se encaixa perfeitamente. Nunca ninguém tinha me dito em todas as religiões que participei anteriormente, sobre a existência das Sete Leis dos B’nei Noach. E ainda, o conhecimento sobre o Povo Santo é totalmente distorcido e ignorante, chega a ser imaturo mesmo. O resultado é o total desconhecimento da maioria das pessoas das nações a esse respeito, o que é muito lamentável.

    Baruch Hashem, em um dado momento de minha vida, fiz uma oração e pedi a D- us com todo meu coração que, me mostrasse um caminho a seguir, que fosse com retidão, com pessoas que servissem a D-us com sinceridade e com um Mestre verdadeiro, que considero aquele que vive o que ensina. E D-us me trouxe até o Rabino Avraham Chachamovits, que com toda bondade e paciência nos direciona no caminho da retidão e da formação da Consciência Divina, demostrando o papel dos B’nei Noach neste mundo e na Era Messiânica muito em breve se D-us quiser.

    Agradeço ao Rabi Avraham e aos amigos pela oportunidade dada para fazer esse breve comentário e testemunho.

    Agradeço ao Rabi Avraham ainda mais, por nos ter proporcionado essa oportunidade única de crescimento espiritual verdadeiro.

    Que D-us conceda ao Sr. vida longa e doce, e também à família do Sr.

    Shalom e tudo de bom!

    Respeitosamente,

    Robson Cleber Garcia da Silva

  5. Shalom Rabino Avraham e amigos que estudam as aulas de Torá neste espaço santo. Peço permissão para fazer um breve comentário sobre esta aula fundamental principalmente para os não judeus,

    Como o próprio Mestre menciona nesta aula, deveria ser muito mais comum um não judeu perguntar a um Rabino sobre dúvidas em relação às ocorrências da vida do que como ocorre.

    Eu como um não judeu fico ainda mais perplexo como tão poucos representantes das nações têm verdadeiro entendimento sobre a existência das instruções na Torá para os não judeus, que são as Sete Leis dos B’nei Noach. Sou um exemplo vivo, pois somente aos quarenta e seis anos tive esta oportunidade com a descoberta do site Beitarizal. Realmente sou um não judeu abençoado por ter conhecido o Rabino Avraham Chachamovits e ter aprendido sobre estas leis de forma kasher.

    O mais importante que tenho aprendido aqui é a forma prática de como cumprir estas leis dos B’nei Noach. Aqui temos um repositório vasto na língua portuguesa deste aprendizado, principalmente como fazer e agir de forma alinhada com a Torá, da forma que é nos permitido. Como o Mestre nos ensina “você o que faz e não aquilo que diz”.

    Sendo assim exorto a cada um que ler este comentário para não perder esta oportunidade única de se ligar a um Mestre kasher que de maneira generosa nos ensina neste espaço santo a como se ligar a D-us, como fazer Sua vontade e também o que não fazer para não se tornar um agente do mal, mas sim tornar-se um agente do bem contribuindo com o Povo Santo para ajudar na vinda do Único e verdadeiro Mashiach e que isso seja muito em breve ainda em nossos dias, amém.

    Muito obrigado Rabino Avraham por esta aula tão importante para os não judeus. Tudo de bom sempre.

    Respeitosamente,

    Robson Cleber

  6. Shalom Rabino Avraham e todos que acompanham este espaço de Torá.

    Peço permissão ao Rabino para expressar algumas considerações do pouco que pude compreender desta aula.

    Nesta aula o Rabino Avraham nos apresenta várias opiniões de caráter legal dos Sábios do Povo Santo a respeito das leis que D’us ordenou aos não-judeus.

    Em uma parte do shiur o mestre afirma: “este shiur não está estabelecendo leis aqui, não existe essa pretensão e não é assim que funciona”… “não é um assunto tão simples e um não-judeu associado a um Rabino vai escutar a linha de pensamento, as opiniões desse Rabino… baseadas nesses Sábios”. Para mim isso enfatiza a grande necessidade de termos um mestre verdadeiro que nos direcione nesses assuntos, para que não venhamos a cair em erros da nossa própria compreensão limitada.

    Outro ponto que me chama a atenção é o alerta que o mestre faz sobre o cuidado que nós devemos ter para não imitar os Judeus no cumprimento de seus mandamentos. De fato muitos de nós, ao nos aproximarmos do caminho Noético, sem direcionamento, acabamos caindo nesse tipo de erro, achando até que estamos fazendo algo correto. Mas, como tenho aprendido cada vez mais com o Rabino, o caminho de D’us não é algo racional, que segue espectativas humanas. E aí é imprescindível ter humildade para receber os ensinamentos vindos pelos santos emissários de Hashem.

    No final do shiur o Rabino traz aspectos mais místicos ligados aos Noéticos. São considerações muito inspiradoras, como quando o mestre diz que as Sete Leis permitem que a consciência Divina seja disseminada em áreas (espirituais) mais distantes. Traz muita alegria aprender que podemos contribuir, de alguma forma, com o Povo Santo, no trazer da Luz de Hashem para este mundo.

    Agradeço ao Rabino por este Shiur. Peço, por mim e por todos que acompanham este site, a ajuda de Hashem para cumprirmos Seu desejo da melhor forma possível.

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