PARABÉNS PELO SEU JUBILEU

E está escrito: וקדשתם את שנת החמשים שנה וקראתם דרור בארץ לכל-ישביה יובל הוא תהיה לכם ושבתם איש אל-אחזתו ואיש אל-משפחתו תשבו “E santificareis o 50º ano e proclamareis liberdade em toda a terra, para todos os seus moradores; é um Jubileu [Yovêl] e será para vós, e tornareis cada um à sua possessão, e cada um à sua família voltareis” (Vayicra 25:10, parashá Behar). Agora, não é incomum encontrarmos significados opostos nos termos da Torá através das guematriót ou tserufim (“permutações das letras”). Por exemplo: kéter/karêt (significando vida e morte), kashér/shéker (um tseruf e também substituindo o kaf pelo kuf como é permitido) etc. Em reflexão, o Rabi Mordechai Yossef de Izbitza explica que “A Torá tem a força a habilidade de virar uma pessoa de um extremo ao outro, do mal ao seu oposto, o bem” (Mei HaShiloach, Ki Tissá, vol. 1). Vemos que a expressão no verso desta parashá יובל הוא yovêl hiv, “É um jubileu” tem guemátria 411, a mesma de תהו tôhu, “caos”. O Ramban (Nachmânides) aqui entende o significado da palavra yovêl como sendo “liberdade de movimento”. O caos é a liberdade de movimento sem limites ou direção que leva ao rompimento da ordem como propósito único. Eis a imaturidade que é a essência do Mal. E yovêl representa a liberdade de movimento para agir de modo elevado, fomentando o amadurecimento, a evolução e o bem real. Existe um aspecto positivo do caos na ordem, garantindo que haja movimento contínuo, contrário à estagnação. Este é o assunto que os mestres tratam da integração entre as realidades de Essav – intensa, mas indisciplinada e crua – e Ya’acov – ordenada e retificada. Objetiva-se então o canalizar das poderosas luzes do olam ha-tôhu nos kelim retificados do olam ha-tikkún. Uma luta real e profunda que o arquétipo dos filhos gêmeos do patriarca Yitschak representa. O aspecto da ordem no caos é sua função de restrição e reorientação, ou seja, amadurecimento. É significativo que a guemátria atbash de yovêl é 440, a mesma de תם tám (“perfeito/puro”). Para o atento, o jubileu é a bênção da correção vitoriosa sobre as luzes do caos que anteriormente lutaram a todo momento para distraí-lo da kedusha/santidade. Agora, se o indivíduo aprendeu a ser sábio em sua compreensão e a compreender com sabedoria, este é um momento singular, pois ele terá a força e estrutura psíquica para revelar seu propósito de vida original, finalmente. Nenhuma liberdade de movimento é mais ampla e verdadeira, profunda e intensa do que a ascensão espiritual na kedusha. Ela transcende todos os limites da realidade mundana constritiva. E nesta nova fase da vida, o indivíduo que trabalhou arduamente na Torá deverá já ter adestrado seu caos interior – o “cavalo poderoso e selvagem” – podendo agora seguir reto para o Alto. E como está escrito: Erpa meshuvatam ohavem nedava ki shav api mimenu, “Curarei vossas apostasias [‘suas distrações da kedusha’] e vos amarei francamente, porque Minha ira Se apartou de vós” (Hoshêa 14:5). E אהבם ohavêm, “vos amarei” é guemátria 48, a mesma de yovêl. E só um filho é assim perdoado, amado e redimido, se D-us quiser.

tzedakah

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